Nota de
esclarecimento à militância
do Partido dos Trabalhadores
do Partido dos Trabalhadores
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stá
em curso um processo de dissidência na Articulação - Unidade na Luta do PT-DF.
Um grupo de dirigentes petistas está organizando o abandono da nossa corrente.
A notícia da saída do grupo foi expressa em um documento intitulado “Militância
Viva”, divulgado na última sexta-feira.
A
corrente Articulação – Unidade na Luta do DF não reconhece sua integração
orgânica a este novo campo e entende que integrantes da tendência que irão
formá-lo o farão na condição de dissidentes.
Assim,
a Articulação – Unidade na Luta reafirma a força e os princípios que sempre
nortearam a trajetória da nossa corrente na busca da unidade e na formulação e
implantação das vitoriosas estratégias políticas do partido desde sua fundação
no DF e no país.
Estranhamente,
a intenção e as razões do grupo dissidente não foram oficial e publicamente
apresentadas à militância da histórica da Articulação. O manifesto “Militância
Viva” apenas relata que o objetivo do bloco é “reduzir a grande fragmentação de
tendências presentes hoje no partido em Brasília”, além da defesa do projeto
petista no GDF, “com o fortalecimento da liderança pessoal e política do
governador Agnelo”.
Entendemos
que ao abandonar a nossa corrente, esses companheiros estão, ao contrário,
aumentando a divisão e, o que é mais grave, abdicando da nossa história de luta
e de protagonismo na formulação e implementação de estratégias. Em vez de
oxigenar a corrente Articulação - Unidade na Luta e o PT, fazendo a autocrítica,
reconhecendo limitações no atual quadro político e propondo o debate para a
correção de rumos, esse grupo escolheu o caminho aparentemente mais fácil, mas
com uma série de equívocos e conseqüências que contrariam os supostos objetivos
do bloco dissidente.
O
PT enfrenta um antigo dilema em um contexto atual, aqui no DF: não pode ignorar
a responsabilidade que tem com o governo que elegeu, porém não deve abrir mão
da defesa dos interesses populares. Este não é, entretanto, um problema
decorrente apenas da falta de unidade do PT-DF em relação aos governos Dilma e
Agnelo, pois reflete a própria falta de formulação interna de diretrizes
partidárias sobre apoio, composição e modo de participação nos governos
liderados pelo Partido. Convém lembrar sobre a forma desorganizada como o PT
participou da eleição para o GDF, da transição, da formação de governo e da
discussão de prioridades.
Impossível
deixar de registrar que este novo grupo não apresenta diretrizes do PT no que
diz respeito às relações dos governos com os movimentos sociais. Aliás, muitos
de seus integrantes participaram diretamente do desastre que se revelou as
tratativas com a recente greve dos professores e outras campanhas de servidores
públicos do GDF.
Diante
dessas constatações, reafirmamos que continuamos na Articulação-Unidade na
Luta. Somos os protagonistas, fundadores e herdeiros de rica e vitoriosa
história dessa corrente, que se confunde com os sucessos do PT e com as
estratégias da esquerda brasileira. Por isso, temos a responsabilidade de
trabalhar para o crescimento e fortalecimento da corrente.
O
nosso Partido precisa se reinventar, apresentando uma perspectiva interna,
resgatando e revalorizando as instâncias partidárias. Precisamos desenvolver um
processo para alimentar a renovação partidária, garantindo a continuidade e
fortalecimento do partido que nasceu dos movimentos populares para continuar
sendo o canal de mobilização, organização e expressão política dos
trabalhadores.
Neste
momento em que um conjunto de militantes abandona a tendência para formar um
novo bloco, é criado um ponto de inflexão, que também deve conduzir a nossa
corrente para um profundo debate com o intuito de aprimorar sua política e
estabelecer novas diretrizes. É preciso que se resgate a discussão e formulação
coletiva de diretrizes e projetos. É crucial que as instâncias partidárias
sejam valorizadas nesse processo, prevalecendo sobre os projetos individuais,
que agora se tornam mais evidentes.
A
participação do PT nas discussões de governo não pode ocorrer apenas por
intermédio dos deputados eleitos ou dirigentes partidários inseridos na
administração.
A
pujança do PT está na sua militância. Por isso, o PT precisa discutir com sua
militância, criar canais para esse debate e expressar a posição e a vontade das
bases do partido. Foi essa militância que impediu golpes contra Lula e que
defendeu o governo do PT representado por Agnelo contra os ataques perpetrados
pelas elites do País. E será essa militância que irá assegurar que o julgamento
do suposto mensalão no STF não se torne um julgamento político feito por um
tribunal de exceção.
Temos
que ser capazes de envolver nos debates políticos os milhões de jovens e
desempregados - da geração do neoliberalismo, individualista e despolitizada -
que ingressaram no mercado de trabalho desde o início do governo Lula. Temos a
obrigação de dar continuidade ao processo de organização partidária na cidade
com maior concentração de militantes de esquerda por metro quadrado do mundo, a
única que deu vitória ao Lula no primeiro turno em 89 e nos dois turnos em 94.
Nesse
sentido, vamos realizar uma Plenária para dar voz à militância, chamar os
dirigentes e os militantes da Articulação Sindical para se integrarem
efetivamente à corrente Articulação Unidade na Luta, conclamar os grupos
organizados nos Setoriais, Núcleos de Base e demais instâncias a se dedicarem à
organização partidária e chamar os simpatizantes e ativistas dos movimentos
sociais a participarem do PT. Só assim, com participação ampla, como
comprovadamente sempre aconteceu, vamos fortalecer o PT e defender seus
objetivos, colocando os interesses coletivos e da sociedade acima dos
individuais e de grupos específicos, na construção de uma sociedade justa e
solidária.
Plenária
da Articulação Unidade na Luta
Dia
17 de julho, às 19h00, no Teatro dos Bancários
Assinam esta nota:
deputada federal Érika Kokay; deputado distrital
Chico Vigilante; Jervalino (presidente do Sindicato dos Vigilantes), Jacy
Afonso (dirigente nacional da CUT), Rodrigo Britto (presidente da CUT-DF);
Jacques Penna (ex-presidente do Sindicato dos Bancários e presidente do BRB); João Osório (presidente
do Sindicato dos Rodoviários); José Luis (presidente do PT Plano Piloto); Jeová
Rodrigues (presidente do PT Ceilândia - 12ª); Francisco Hollanda (presidente do
PT Guará); Florismar Vilarindo (presidente do PT Santa Maria); Eduaro Araújo
(presidente do Sindicato dos Bancários); Roberto Miguel (dirigente da CUT-DF);
Paulo Quadros (Sindicato dos Vigilantes); Reuza (dirigente do PT-DF); Geralda
Gontijo (administradora do Riacho Fundo);
Alair José (Bancário); João França (Sindser); Reinaldo Felipe (Sindsep);
Antônia Ferreira (Sindprev); Tereza Cristina (Sindsep); Lucicleide (Sindesvs);
Val (Sindsep); Alice (Sindsep) ;
Chiquinho (Sindsep); Samuel Cruz
(Sindivalores); Beth Saldanha (PT Samambaia); José Wilson (ex-presidente do
Sindicato dos Bancários); Pádua (PT-Guará); Fred Pina (PT Gama); Ailton (CUT);
Deivison (PT-Gama); Douglas (CUT); pastora Aniclair Bavaresco; Juliano
(Tesoureiro da CUT-DF); Alair Vargas (PT Taguatinga); Claudinei Pirelli
(Ministério da Cultura); Assis (Sindsern); João Batista Machado (Fepec);
Claudinei Pimentel da Rocha Lopes (Diretor do SINDPD-DF); Sindicato dos
Vigilantes: Moisés Alves da Consolação; Antonio Firmino de Moraes; Elias
Carreiro Pereira; Sebastiao Pinto de Abreu; José Maria de Oliveira; Domiciano
Cândido de Jesus; Regivaldo Nascimento; Rogério Ferreira Nunes; Vicente
Lourenço de Oliveira; Elenilde Maria Ilorca Lopes; João Vianney Rodrigues dos
Santos; Santiago Nascimento Matos; Raimundo da Fonseca Costa; Alzaina Souza
Castro; Roberto Miguel de Oliveira; Sebastiana de Oliveira Santana; Manoel
Pereira Batista; Lázaro Gomes Souza; Joselito Ferreira de Lima; Francisco
Rodrigues de Souza; Dimas Silva; Francisco das Chagas de Carvalho; Ismael
Ribeiro Andrade; Melquisedequi Marques; Geraldo Agostinho Gonçalves, Maria
Aparecida Vieira; Carlos Alberto Ferreira, João Jose da Costa; João Francisco
da Cruz; Gilmar Ribeiro Vassalo; Amarildo Moreira da Silva; Elton John
Gonçalves dos Santos; Arnaldo Barbosa de Lima; Gilvan Ferreira dos Santos;
Manoel Antônio Nery; João Gualberto Freitas Luiz; Joseny José da Silva; Maria
Conceição de Oliveira Marinho; Oriedi Brilhante de Arantes; João Batista de
Holanda Cavalcante; Edmilson Rodrigues Silva; Carlos Alberto de Oliveira;
Washington (Fetracom-DF); Natanael (Sindiapoio); Rodrigo (Bancários); Antonio
de Sá (Siame); Mauro (Sindifub); Luciana (Sindicato Material Construção); Assis
(Cartórios); Mario (Sindividro); Douglas (Sindecof); José Claudio (Sindelurbe);
Raimundo (Sindgaragens); Nei e Sales (Sindbebidas); Vicente (Hoteleiros);
Raimundo (Sindnações); Carlos Yassuo Sudo (PT Gama); Luis Roberto (Serpro);
OBS.: Os demais companheiros assinarão o manifesto por ocasião da Plenária;
Nilson Rodrigues (Cultura PT Taguatinga); Juventude: Iara Cordeiro (Direçao
nacional da JPT); Yuri Gomes (UNE); Juliana Oliver (JPT-DF); Douglas Almeida
(CUT-DF); Jáder (presidente DCE do IESB); Andre Araruna (presidente DCE da
Uneb); Pedro Henrichs (Coord. Nac. JART) PT Plano Piloto: Alexandre Félix;
Caridade; Paulo de Lion, Leopoldo; Fernando Muro; Gustavo Chauvet; Abadá (Núcleo de Base dos Eletricitários);
Celene; Mirian Fochi; Teófilo; PT Brazlândia: Pedro Evangelista de Oliveira;
Rui Barbosa da Silva; Márcia Abreu Lopes da Rocha; Ronaldo Abreu de Sá;
Raimundo Alves dos Santos Silva; Jefferson Ferreira de Barros; Maria Cristina
da Silva Evangelista; Ana Gláucia Sampaio de Araújo; Alicia Pereira Lima; PT
Planaltina: Alaide Oliveira do Nascimento; Odivânia Miranda Sales; Kellen de
Souza Pereira; Camila Paiva; Elvira de Souza; Selma Silva; José Soares.
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