Dois grileiros foram presos, na manhã desta quinta-feira (21), enquanto
negociavam lotes frutos de parcelamento ilegal, no Núcleo Rural
Alexandre Gusmão, em Brazlândia. O flagrante aconteceu no Incra 9,
durante fiscalização
de vigilância realizada por agentes da Secretaria da Ordem Pública e
Social (Seops). Os suspeitos, uma corretora e um suposto síndico de um
condomínio irregular, lucrariam até 3,6 milhões no esquema.
O planejamento era de construção de pelo menos dois
condomínios, que seriam chamados de Ágape 1 e 2,palavra grega que
significa amor. O primeiro teria 60 lotes, com área total de seis
hectares, o equivalente a três chácaras. No segundo haveria 20 lotes
dentro da área de uma chácara, numa área total de dois hectares. Cada
unidade era fracionada em unidades de 840 metros quadrados, vendidos
entre R$ 30 e 60 mil, preço bem abaixo do mercado imobiliário do
Distrito Federal.
Os dois condomínios irregulares já estão murados e,
no local do flagrante, o Ágape 1, há três casas em construção, postes
de energia já instalados, bomba de água clandestina e três ruas abertas,
que podem ser vistas, inclusive, em imagens de satélite. Os lotes estão
todos demarcados por piquetes.
“Tudo será descaracterizado nos próximos dias em uma operação do Comitê de Combate
ao Uso Irregular do Solo, força-tarefa coordenada pela Seops. Quem
investiu, infelizmente, ficará no prejuízo”, adianta Alencar.
A corretora e o suposto síndico foram levados à Delegacia Especializada do Meio Ambiente
(Dema), onde foram autuados pelo crime de parcelamento irregular do
solo. A Lei nº 6.766/1979 estabelece, no artigo 50, uma pena de um a
cinco anos de reclusão, mais pagamento de multa, para quem frauda
documentos, invade terras alheias, loteia e vende.
Grilagem
Com a operação desta quinta-feira, já são
15 os presos em 2013 pelo crime de parcelamento irregular. Outros quatro
foram detidos na última terça-feira (19) por invasão de área pública,
com base na Lei Agrária (Lei 4947/66), chegando a um total de 19 detidos
nas ações conjuntas entre Seops e Dema. Além de Brazlândia, foram
realizadas, ao todo, sete operações que resultaram em prisões no Gama,
em Santa Maria, no Itapoã, Taguatinga e Riacho Fundo I e Lago Norte.
Relatório estatístico divulgado pela Seops em
fevereiro aponta que em 2012 31 pessoas foram presas pelo mesmo tipo de
crime em 15 operações. O levantamento aponta que só no ano passado os
grileiros deixaram de lucrar mais de R$ 77 milhões por conta da atuação
do GDF.
Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br
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