Centenas de manifestantes gritaram palavras em ordem em frente ao STF à
favor da transferência dos denunciados na AP 470, que estão presos em
regime fechado na penitenciária da Papuda (DF) para o cumprimento de
pena regime semi-aberto.

Militantes do Acampamento Trincheira da Resistência participaram na
tarde desta terça-feira (26) de um protesto realizado em frente ao
Supremo Tribunal Federal (STF) - junto à Central Única dos Trabalhadores
(CUT) - contra as prisões arbitrárias dos condenados injustamente pelo
presidente da Suprema Corte, ministro Joaquim Barbosa, na Ação Penal 470
- os petistas José Genuíno, Delúbio Soares e José Dirceu.
Acampados em frente ao presidío da Paputa (DF) desde o último dia 15
(feriado de Proclamação da República, data em que o presidente do STF
decretou as prisões), os militantes do Movimento Resistência Já
decidiram transferir o Acampamento para o estacionamento à frente do STF
após conquistarem um dos seus objetivos: a transferência de José
Genuíno, que possui um grave problema cardíaco e necessita de cuidados
especiais para um hospital e, consequentemente, para o regime de prisão
semi-aberta - conforme a própria decisão do STF.
"Nós continuaremos denunciando os abusos do ministro Joaquim Barbosa e
exigiremos que seja cumprida a pena que foi determinada por ele próprio,
que é a liberação dos companheiros para o regime semi-aberto, onde eles
poderão trabalhar e estudar. Enquanto não for cumprida a lei nós não
sairemos daqui. Estamos na luta até o fim", afirmou Pedro Henrichs, um
dos coordenadores do Acampamento Trincheira da Resistência.
Segundo ele, "tudo o que o Movimento está fazendo é um pagamento de
dívida por tudo o que esses companheiros fizeram até aqui por nós".
"Se nós pudemos estar em frente a uma penitenciária de segurança máxima (Presídio da Papuda/DF) protestando contra o sistema judiciário do País, nós só tivemos esse direito por conta dos companheiros, que nos ajudaram a construir esta democracia, que hoje está sendo ferida", argumentou.
Por fim, Henrichs falou sobre os objetivos imediatos do Movimento.
"Nós conseguimos o primeiro passo, que era nos solidarizar, transmitir
para os três que eles não estavam sozinhos nisso, que nós estamos aqui
para apoiá-los, para sermos solidários. Também conseguimos o segundo
passo, que era retirar o companheiro Genuíno, que estava doente, da
prisão em regime fechado e levá-lo para um hospital e, posteriormente,
para a prisão em regime domiciliar. Agora nós temos que avançar, que
fazer com que os nossos companheiros, de fato, vão para o regime
semi-aberto. Eles foram condenados a cumprir uma determinada pena e não
estão cumprindo, e isso é um erro, um atropelo atrás do outro. É por
isso que nós estamos aqui em frente ao STF, para denunciar todo o abuso
cometido pelo ministro Joaquim Barbosa. Capitão do mato não pode fazer o
que quiser com o País. Nós construímos essa democracia e não vamos
deixar que nada nem ninguém venha destruir tudo o aquilo que nós viemos
conquistando e construindo nos últimos 30 anos", disse o militante.
Ato reúne centenas de manifestantes à favor da libertação dos presos políticos
O ato reuniu centenas de manisfestantes, sendo quase a totalidade de
filiados à CUT, que marcharam do Banco Central, no Setor Bancário Sul,
até o STF, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
"Primeiramente eu gostaria de demonstrar a minha alegria de estar
presente aqui no Acampamento. Os companheiros são muito corajosos e
demonstram a coragem da militância, desse povo que mudou o Brasil, que
somos nós. Então, é fantástico o desprendimento e essa militância que
continua mantendo a chama viva para que a gente continue mudando este
país. Há vários Delúbios, José Dirceus e Genuínos espalhados pelo Brasil
a fora, e acampamentos como este, o enfrentamento que nós estamos
fazendo só faz crescer esse movimento", afirmou o presidente nacional da
CUT, Vagner Freitas.
Segundo ele, "não adianta combater apenas as injustiças cometidas
contra os três", que são considerados pelo líder sindical "a simbologia
de uma geração e de várias outras que mudaram o Brasil".
"Enganam-se aqueles que acreditam que (toda essa injustiça) seja
(cometida apenas) com o Delúbio, com José Dirceu, com Genuíno. Isso foi
feito para que outros grupos, como os jovens que hoje estão aqui, não
façam o mesmo enfrentamento no futuro, porque eles acham que política
deve ser feita somente pela burguesia e não por nós. Então o
enfrentamento é importante neste sentido", destacou o dirigente.
Para Vagner, o objetivo principal da mobilização promovida pela CUT e
pelo Movimento Resistência Já é conquistar a libertação dos três presos
políticos.
"O nosso objetivo é fazer com que o José Dirceu, o Delúbio e os demais
companheiros que estão presos saiam e vão para a prisão em regime
semi-aberto, saindo desse regime prisional em regime fechado. É isso que
tem que acontecer, porque como ele (Joaquim Barbosa) descumpre a lei,
não permitindo que isso aconteça, nós não conseguimos fazer, por
exemplo, com que o José Dirceu, Delúbio e Genuíno tenham a condição de
trabalhar e de estudar, como a lei permite", avaliou o presidente
nacional da CUT, Vagner Freitas.
Comentário da notícia: Estive presente no ato realizado pela CUT e tenho muito orgulho em poder defender os companheiros que ajudaram a construir a democracia em nosso país.Queremos que, os companheiros tenham o mesmo tratamento dado a outros casos semelhantes e que as penas aplicadas injustamente, sejam cumpridas de acordo com o estabelecido, em regime semiaberto.
Fica o convite a todos militante do PT/DF para se solidarizarem e visitarem o acampamento de resistência, localizado no estacionamento, próximo ao STF.Não há vitória sem LUTAS !!!!!
VIDA LONGA AO PT!!!!!!!!!!!
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