Assim como fez com as empresas do Grupo Amaral, em fevereiro, o GDF
assumiu a gestão da Viação Planalto (Viplan) e das empresas que fazem
parte do grupo: Lotáxi e Condor. Uma operação foi montada em frente a
garagem da empresa no Setor de Oficinas Sul, com presença da Polícia
Militar e do Corpo de Bombeiros. A empresa possui a maior frota do
Distrito Federal, hoje com 30% do total de veículos em operação (744
ônibus).
A intervenção ocorreu em razão da baixa qualidade dos serviços
prestados pela empresa. Segundo o GDF, o Grupo Viplan tem colocado
obstáculos na migração de linhas para as novas empresas que assumem o
Transporte Público. Ainda segundo o governo, a empresa arrecada
diariamente mais de R$ 800 mil.
O governo não enfrentou resistência por parte da empresa. A
intervenção ocorre em 5 garagens e 3 pontos. Com a intervenção, a
Transporte Coletivo de Brasília (TCB) passa a operar a empresa. A
operação teve início no meio da manhã de hoje. Segundo o governo, a
medida foi tomada para não prejudicar os serviços à população.
O governador Agnelo Queiroz, disse em entrevista a Rádio BandNews FM
que centenas de ônibus novos, das novas empresas estão parados nas
garagens a espera de funcionários, que ainda não foram demitidos pela
Viplan. Segundo ele, a assunção vai permitir o desligamento desses
funcionáiros e a contratação imediata nas outras empresas que passam a
operar nas 5 bacias.
Agnelo disse ainda que nos próximos dias serão entregues entre 200 e
300 ônibus novos. Todos operados por rodoviários da Viação Planalto. A
intervenção tem previsão de durar 60 dias. "Inicialmente esperávamos a
renovação da frota no dia 4 de dezembro. Não conseguimos por tantos
obstáculos. Com a providência que tomamos, no máximo até o início de
fevereiro a frota estará renovada", garante.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários, João Osório, diz que não
sabia da intervenção. Para ele, a medida é recebida com festa pelos
rodoviários. "Para os traalhadores muda tudo, pois muitos estavam
inseguros. A empresa demitiu alguns funcionários sem pagar os direitos
trabalhistas. A situação estava caótica. Com essa intervenção do
governo, cria condições para a mudança do sistema e traz segurança para
os empregados", afirma.
Osório diz ainda que reuniu com Wagner Canhedo Filho na última
sexta-feira para negociar os pagamentos a 31 trabalhadores que atuavam
em Brazlândia e Samambaia. Os rodoviários estavam parados e não
receberam direitos, como férias e 13º salário. Segundo o presidente do
sindicato dos rodoviários, Canhedo alegou não ter dinheiro para pagar as
rescisões, porque perdeu algumas linhas na cidade.
O governo garantiu que vai pagar os direitos e recontratar os funcionários.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
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