Governador garante que, em seis meses, suas realizações superarão qualquer outro mandato da história de Brasília.
No segundo semestre de 2014, antes de completar quatro anos de
mandato, o governador Agnelo Queiroz garante: poderá comparar seu
governo com qualquer outro mandato da história local. Para isso pesará
um movimento de transformação empreendido desde que assumiu um governo
financeiramente falido, que vivia uma crise institucional gravíssima,
ameaçado até de perder a autonomia. Agnelo lembra: “nós pegamos 157
obras inacabadas e estamos concluindo agora as duas ultimas delas”. As
agruras estavam previstas no planejamento do governador, que enfrentou a
crise no início do mandato, sobreviveu a uma forte ofensiva política,
colocou ordem na casa e agora intensifica os investimentos. “Sei de cada
ação de secretarias e administrações. Sei do total do orçamento, quanto
foi empenhado, quanto foi executado, tudo detalhadamente”, diz Agnelo.
para ele, este será o ano da realização, com a colheita dos frutos
desse trabalho, o término de obras estruturantes e a melhoria da
qualidade de vida do povo. “Posso garantir”, avisa o governador, “2014
será um ano maravilhoso para o povo do DF”.
Governador, após ter assumido em meio à maior crise
institucional na história do Distrito Federal, nota-se que há muitos
candidatos à sua sucessão. Ficou viável administrar o DF?
Eu peguei uma situação muito ruim e uma crise institucional
gravíssima. Não podemos esquecer que Brasília quase perde sua autonomia
política. Assumimos e enfrentamos dívidas brutais que conseguimos
honrar. Pegamos 157 obras inacabadas e estamos concluindo agora as duas
ultimas delas. Este é um governo que valoriza o dinheiro do povo. Isso
significa que as obras têm que ser entregues. Não é porque se começou na
gestão passada que não vai ser finalizada. Dou exemplos: no final da W3
Sul, em um canteiro de obras abandonadas, onde só havia viga de
cimento, agora está sendo acabado o viaduto que fará parte do Expresso
DF Oeste. Outro exemplo: o Centro Olímpico de Planaltina. O governo não
mede esforços e não esmorece diante dos obstáculos. Das gestões
passadas herdamos inadimplência. Até o CNPJ do GDF estava cadastrado
como inadimplente, além de todas as secretarias. Hoje, no GDF, não há
inadimplência nenhuma. Ajustamos a execução orçamentária do DF de tal
maneira que este ano ultrapassamos R$ 2,3 bilhões em investimento, o
maior da história. Por isso temos obras espalhadas no DF. E crescemos:
em 2014 já foram R$ 5 bilhões de investimentos aprovado no orçamento.
Vamos revolucionar a mobilidade urbana, inaugurar dez Unidades de
Pronto-Atendimento, construir muitas habitações populares e tudo com a
casa arrumada e credibilidade. Claro que isso atrai antigos e novos
aventureiros.
Qual o principal problema do DF e o que está fazendo para enfrentá-lo?
O principal problema hoje é a Saúde Pública, porque eu peguei uma
terra arrasada. Decretei estado de emergência, diante do
desabastecimento e da estrutura física deteriorada ao extremo. O centro
cirúrgico do Hospital Regional de Ceilândia estava fechado por
contaminação de piolho de pombo. Chovia dentro do centro cirúrgico do
Hospital Regional do Gama. Imagine uma pessoa que está operada dentro de
uma sala e, ao lado dela, no corredor, esteja pingando água da chuva?
Mesmo com um investimento gigantesco que estamos fazendo pela saúde do
DF, ainda há muito por fazer, pois esse é um serviço essencial e
fundamental para nosso povo. Aquilo que se faz aqui é reconhecido e
muita gente de fora é atendido pela saúde do DF. Metade dos nossos
pacientes são de fora do DF, são nossos irmãos que não têm atendimento
nos estados de origem e procuram o DF. Será que não vamos atender
população de fora? Mas mais melhorias vão vir. Eu inaugurei o hospital
da Criança há dois anos e a previsão de atendimento era de duas mil
crianças por mês. Hoje, o hospital atende cinco mil crianças mensais. O
grau de satisfação dos que utilizam o hospital da criança e classificam o
serviço como sendo ótimo é de 98% . O que procuro é um grau de
excelência para toda a rede. Temos êxitos espetaculares com os mutirões,
transplante de coração, rim, córnea, medula óssea. Criamos um centro de
referência de transplante com muita dignidade e qualidade. Toda a
população vai ter uma UPA próximo de casa para casos de menor gravidade.
O DF terá seu maior investimento da história. Como foi possível alavancar os recursos e quais as estratégias para aplicação?
Esse é um sinal de credibilidade porque se não houvesse confiança não
se teria crédito. Temos a melhor organização para execução
orçamentária. Tenho controle de toda a execução orçamentária. De meu
gabinete, acompanho de forma eletrônica o andamento de obra por obra, as
construções prioritárias, ações por ações de todas as secretarias e
administrações. Existe um controle, eficiência e competência para
executar, com legalidade, e fazer serviço de boa qualidade. Não admito
porcaria porque os equipamentos se destinam à nosso povo.
A vitrine do atual governo foi a mobilidade urbana, como a
construção do Expresso DF, mas há críticas da população, que hoje sofre
com inevitáveis transtornos com obras desse porte. O governador
assegura a entrega dentro do prazo previsto?
As obras vão cumprir os prazos. A primeira grande obra do Expresso DF
Sul, que liga Santa Maria ao Plano Piloto, deve estar sendo entregue em
meados de fevereiro. Em janeiro, já começam a rodar os ônibus para a
fase de testes. Vamos fazer outras obras ainda maiores do que essa, como
o Plano BR-Norte, com 60 quilômetros, ligando Planaltina e Sobradinho
ao Plano Piloto. Ou o BR-Oeste, 49 quilômetros de obras que ligarão
Ceilândia ao Plano Piloto, além da construção do túnel sob o centro de
Taguatinga e vários outros viadutos, atendendo áreas de grande densidade
demográfica. É certeza que vamos conseguir fazer essas obras, além de
outras, como a ampliação de seis quilômetros do metrô e 300 quilômetros
de ciclovia cortando o DF. Também estamos fazendo as vias exclusivas,
além da substituição da frota de ônibus velha por coletivos novos e
instalando a central de controle de operações. São muitos investimentos
e uma política nova de transporte público.
O senhor esperava tanta resistência e probemas na licitação?
Esperava, porque já eram 50 anos sem fazer licitação, com um serviço
péssimo, uma verdadeira humilhação ao nosso povo. Todos os dias eram
vários carros quebrados, deixando o povo no meio da rua, além do risco
da própria vida por circular em veículos sem manutenção, com freios
prejudicados e pneus carecas. Tinha ônibus rodando há 17 anos. Isso era
um desrespeito absoluto. Modificar uma estrutura cronica e deformada a
esse ponto não seria moleza. Estamos vencendo mais de 183 ações
liminares, judiciais e administrativas e fazemos isso mantendo o emprego
e os direitos dos trabalhadores, pois uma mudança dessas não pode
afetar o emprego de 12 mil famílias.
Houve muitas críticas ao novo Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. O senhor mudaria alguma coisa no projeto?
O projeto é esse e nem há mais críticas. Elas até aconteciam, não por
maldade ou oposição, mas porque as pessoas não sabiam como ia funcionar
e não tinham conhecimento do significado desse estádio para o tamanho
da capital do Brasil, para a economia futura e o potencial de atração de
visitantes com o funcionamento do espaço no fim de semana. Mas acham
que foi muito? Também vou reformar o autódromo, estimular as iniciativas
privadas a fazerem centros de convenções com mais estruturas para
eventos de fim de semana e potencializar o Lago Paranoá para esportes
náuticos. Em pouco tempo, a cidade provou a importância dessa política. O
Estádio Nacional recebeu mais de 600 mil pessoas em apenas cinco
meses, antes mesmo da realização do evento para o qual foi destinado
prioritariamente, pois o novo Mané Garrincha foi construído para a Copa
do Mundo. Esse número é maior que a quantidade de pessoas que foram ao
antigo Mané em toda a existência do estádio velho. Além disso, a arena
coloca a cidade no circuito internacional de atrações culturais,
podendo ser palco de shows maravilhosos como já estamos vendo. Sem
falar da quantidade de eventos de recepções e jantares que estão sendo
feitos no local e que a própria cidade estava pedindo, como o
aniversário do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB) ou a recepção
dos Parlamentares das Américas. Fizemos uma arena que é também um
monumento compatível com a grandeza da cidade, com sua arquitetura e
beleza. Foi um investimento permanente que vai trazer dinheiro com tudo
o que deve ocorrer no Mane Garrincha daqui pra frente. É está mostrando
sua viabilidade econômica com atividades no fim de semana que sempre
atraem eventos dentro de escala nacional e internacional.
O que se pode esperar de um dos maiores projetos do DF, os Centros Olímpicos?
Oito centros olímpicos já foram entregues. Observe que quando o
nosso governo começou só existiam três. Ainda vou fazer um na região de
Planaltina, ou seja, serão, ao todo, nesta gestão, nove centros. Hoje,
eles atendem cerca de 40 mil atletas entre jovens, idosos que fazem
hidroginástica e, inclusive, pessoas com deficiência.
Na Câmara Legislativa do DF há uma base enorme e variada que
pode trazer vantagens e problemas. O Buriti vai cobrar mais participação
efetiva da base em defesa do governo para 2014?
Não só em razão do ano eleitoral, mas a cobrança deve acontecer
permanentemente. No fim do ano, a base teve atitude bem correta, votou
projetos importantes, fundamentais para cidade. A oposição queria
impedir que a gente realizasse as tarefas. É a visão miúda da política,
que tira da população o acesso a seus direitos, para depois se colocar
criticando e disputar o poder. É a política pequena, mesquinha, mas a
nossa base foi para o debate, argumentou, votou projetos importantes e
garantiu à população o acesso a esses direitos. Devo destacar o apoio
do vice-governador, com quem trabalho junto, exercendo tarefas de
gestão em harmonia. Temos um governo mais unido, com mais eficiência,
execução e mais resultados para a população. Isso repercute na Câmara
Legislativa, em nossa base. Estou confiante que em 2014 manteremos esse
grau de unidade.
As creches seriam outra prioridade para este ano?
Mais, as creches são minha paixão. Vou entregar até o fim do meu
mandato 115 creches. Mesmo com todas as dificuldades, já entreguei até
agora seis. Agora o processo deslancha. Vão ser locais maravilhosos, em
que as crianças poderão ficar em tempo integral com cinco refeições.
O que a população pode esperar deste ano?
2014 será um ano maravilhoso para povo do DF. No balanço de fim do
ano de 2012 eu disse que 2013 seria o ano da gestão. Pouca gente
observou, porque não é habitual, mas falei isso em balanço de fim de
ano. Acompanho toda a gestão do DF. Sei de cada ação de secretarias e
administrações. Isso representa mais eficiência para poder executar e
entregar obras muito mais rapidamente. 2014 será o ano da entrega. Vão
ser muitas obras para melhorar os serviços públicos. Queremos
apresentar Brasília ao mundo. A capital é uma cidade jovem, pouco
visitada diante do seu potencial, e, se não for conhecida mundialmente,
não será destino para visitar ou investir. Queremos que as imagens
daqui possam encher corações e a mentes de pessoas que venham conhecer e
investir aqui. Preparamos o desenvolvimento não apenas nos serviços
públicos, mas para atrair os investimentos privados. Tudo isso reduz a
desigualdade e melhora a qualidade de vida. A cidade tomou outro rumo e
ritmo. E o povo começa a reconhecer isso. Que somos uma administração
mais focada em fazer do que falar que fez. Diante disso, no final de
2014, dúvido que qualquer outro mandato na história do DF tenha mais
realizações que o meu.
Fonte:Da Redação
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