FORA TEMER !!!

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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Um dia após ação do MP, secretário do DF pede afastamento do cargo

MP investiga Raad Massouh por suposto desvio de verba; ele nega.
Promotorres aprenderam documentos na casa e no gabinete dele.

TRE cassou mandato do distrital Raad Massouh nesta segunda-feira (25) (Foto: Divulgação)
RAAD MASSOUH

O secretário da Micro e Pequena Empresa e Economia Solidária do Distrito Federal, Raad Massouh, pediu afastamento do cargo nesta quarta-feira (28).
O pedido de afastamento ocorre um dia após operação do Ministério Público, batizada de Mangona, que investiga suposto desvio de verbas de emenda parlamentar para evento em Sobradinho, em 2010. A operação resultou na apreensão de documentos na casa e no gabinete do secretário.
Em nota, a secretaria de imprensa do GDF diz que o “secretário manifestou ao governador Agnelo Queiroz seu desejo de participar das importantes votações de fim de ano na Câmara Legislativa, assim retomando seu mandato parlamentar.”
O secretário afirmou ao G1 que sua saída do cargo não tem relação com a operação do Ministério Público. Ele disse que já havia acertado com o governador Agnelo Queiroz desde a semana passada seu afastamento da secretaria para participar da votação do orçamento de 2013 e eleição da nova mesa diretora da Casa. O suplente do deputado é Paulo Roriz (DEM).

"Eu, como primeiro-secretário, tenho que voltar [à Câmara], protocolar todos os meus projetos. Depois eu sigo meu trabalho. Assim que terminar, eu volto. Já aconteceu umas três ou quatro vezes", declarou. Ele disse prever voltar à secretaria em cerca de dez dias.
Em agosto, o deputado Raad Massouh se afastou da Secretaria da Micro e Pequena Empresa para retornar para a Câmara. Na época, a assessoria informou que o deputado retomou o mandato parlamentar para defender projetos antigos e apresentar novas propostas.
Operação Mangona
A investigação que envolve o secretário afastado está relacionada a uma emenda parlamentar proposta por ele destinando recursos a uma festa em Sobradinho, para o fomento do turismo rural.  O evento ocorreu em outubro de 2010.

Uma denúncia anônima levou a polícia a investigar a destinação de dinheiro público para a festa, que foi contratada com dispensa de licitação. As denúncias envolvem ainda superfaturamento de shows e atestados falsos na prestação de contas.

Ao G1, o secretário afirmou nesta terça que sabe das irregularidades apontadas na realização do evento, mas disse que a responsabilidade pelo controle do uso dos recursos não era dele.
"Não tenho obrigação de fiscalizar o uso da verba. Quem usa a verba é o Executivo, foi o administrador de Sobradinho na época. Ele pegou a verba e usou em outro evento, e eu não tenho nada a ver com isso. O Ministério Público tem mais é que fazer isso, tem que averiguar mesmo", disse Massouh.

Na época do evento, a região era administrada por Carlos Augusto de Barros. O G1 tentou contato com ele, mas não obteve retorno.

Quando começaram as investigações, o ex-administrador disse que dispensou a licitação amparado por lei, que não houve superfaturamento dos shows e que o evento não ocorreu em todos os dias previstos por problema na geração de energia. Quanto aos artistas que não se apresentaram, ele disse que os shows foram compensados em outras apresentações.
Barros foi indicado para o cargo pelo próprio Massouh, em maio de 2010. Ele permaneceu à frente da administração até o final do mandato do deputado, em dezembro de 2010, dois meses depois do início das investigações sobre a irregularidade.
A atual administração de Sobradinho informou nesta terça que a irregularidade aconteceu na gestão anterior e que o processo está na Polícia Civil, por isso não há como se manifestar a respeito.

 Fonte:g1.com.br

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