
A CUT Brasília em conjunto com vários sindicatos realizam
ato de protesto contra as milhares de demissões arbitrárias de
terceirizados do Ministério da Educação e em solidariedade e alerta aos
trabalhadores que estão sob ameaça de demissão. O ato vai acontecer
nesta quarta-feira (22) a partir das 6h em frente à sede do MEC, na
Esplanada dos Ministérios.
Os trabalhadores terceirizados atuam em diversas áreas importantes do
MEC, como: vigilância, brigadas, tele atendimento, tecnologia da
informação, limpeza, manutenção etc. O ato foi decidido e organizado
pelos sindicatos que representam estes trabalhadores em reunião na manhã
desta terça-feira (21) na CUT Brasília.
As demissões em massa ocorrem desde que Mendonça Filho, um dos
políticos investigados pela Lava Jato, foi nomeado ministro da Educação
pelo governo golpista Temer.
O presidente do Sindbombeiros-DF, Marcondes Barbosa, contou que quase
50 bombeiros civis (brigadistas) cumprem aviso prévio. E que as
demissões podem trazer sérios prejuízos, inclusive para a população.
“Esses trabalhadores não estão lá à toa. Pelo contrário, eles são
responsáveis pelo bem estar de todos os funcionários do MEC e também da
população que circula por lá. Atendemos desde os casos de incêndio até o
pessoas que passem mal. Então, quando reduzem o quadro desses
funcionários, haverá menos serviços de segurança e atenção à integridade
física de todos”, explicou dirigente.
Atualmente 54 profissionais fazem parte da brigada do MEC. Desses 54,
o Ministério quer manter apenas 6 brigadistas. O que, inclusive, fere
totalmente as normas do Plano de Prevenção e Combate a Incêndio (PPCI)
que é uma exigência legal para manter e preservar a integridade física e
patrimonial das pessoas situadas em um determinado recinto. O documento
determina quantos bombeiros civis são precisos para manter a segurança
do local baseado no espaço e quantidade de pessoas.
Na área da limpeza, manutenção e conservação, 300 trabalhadores
cumprem aviso prévio. Na reunião, a presidenta do Sindiserviços-DF,
Maria Isabel Caetano, denunciou que os trabalhadores que ainda não foram
demitidos sofrem ameaças constantes de demissões. “Além disso ainda
estão devendo o plano de saúde dos trabalhadores que até hoje não foi
implantado. O MEC não fiscaliza e não pune as empresas que atrasam os
salários e benefícios. Ou seja, não são só demissões, os trabalhadores
enfrentam um monte de problemas lá”, explica a dirigente.
Também cumprem aviso prévio 62 vigilantes no MEC e, segundo o
Sindesv-DF, sindicato que representa a categoria, o número era para ser
ainda maior. Porém, com muita mobilização, o sindicato conseguiu
diminuir o número previsto para demissões de vigilantes. Mesmo assim, o
sindicato permanece na luta pela manutenção do emprego dos
trabalhadores.
Solidariedade de classe
Na reunião, não participaram só sindicatos que têm base no MEC,
Outros sindicatos também prestaram solidariedade, como o Sindlurb-DF.
“Os colegas terceirizados do MEC têm o total apoio da nossa categoria.
Nós estamos indignados com o que vem acontecendo neste Ministério e
vamos lutar lado a lado com os trabalhadores contra esses ataques”,
ressalta o dirigente.
Para o secretário de Finanças da CUT Brasília, Julimar Roberto, é
fundamental que os trabalhadores estejam unidos neste momento. “O que
está acontecendo no MEC é reflexo do governo golpista do Temer. É o
Estado mínimo e a precarização do trabalho e da qualidade do atendimento
público. Isso atinge a todos que trabalham no serviço público ou se
beneficiam dele. Por isso, é importante a solidariedade de classe neste
momento. . Isso é uma afronta a toda classe trabalhadora”, avalia o
dirigente.
Ele alerta especialmente os trabalhadores terceirizados que seguem
empregados no MEC. Precisam participar das mobilizações em defesa do
emprego porque há ameaça de mais demissões. E também para evitar mais
sobrecarga de trabalho, o que provoca adoecimentos.
FONTE: www.cutbrasilia.org.br
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